sábado, 6 de agosto de 2011

RELATO DE EXPERIÊNCIA

     A pesquisa de Silvio Costa é baseada em experiências de escolas públicas e particulares da cidade de Florianópolis. Segundo ele, há uma forte influência dos meios de comunicação na vida das pessoas. Mas, o que ele observa é que essa influência de baseia no comportamento. A preocupação parte de uma reflexão: Como estão sendo usadas as tecnologias? Não se embasa em tecnologias quando apenas se aprende a ler. É preciso também escrever, produzir.
     Silvio se depara com várias realidades. São inúmeras experiências. Escolas que trabalham com filmes, outras que produzem filmes, que estudam sobre o cinema, vídeos e animações. Escolas que perderam acesso à Tv escola por falta de manutenção e outras que não costumam usá-la mesmo bem conservadas. Há escolas com rádio escolar. Escolas que proíbem o uso do Msn e Orkut. Existe resistência ao Linux. Há projetos encerrados a partir do afastamento do professor responsável. Nota-se relatos de professores que dizem que os alunos copiam e colam textos sem construí-los, sem produzi-los. Os alunos preferem acessar Orkut, Youtube a realizar atividades.
     A partir do texto de Silvio, percebo que o problema é geral. Assim como a capital catarinense, infinitas outras cidades devem passar pela mesma situação. Eu mesmo, já me coloquei a questionar sobre o uso das tecnologias. Vivenciei em alguns ambientes escolares a incerteza do papel do educador e do real uso das tecnologias da informação e comunicação. Qual é a importância do uso de recursos tecnológicos para o processo ensino e aprendizagem? Tal questionamento parte do princípio da constatação de experiências mal-sucedidas. Talvez pela falta de formação de professores. Ele alerta que muitas vezes a própria gestão escolar não “enxerga” que alguns educadores não estão preparados porque sua formação antecede o avanço das tecnologias ou até porque não há motivação por parte de alguns professores.
     Eu tive a oportunidade de elaborar um projeto de produção de um vídeo de ficção produzido numa escola do campo. A idéia não era apenas de trabalhar a timidez, a oralidade, etc. A intenção era de uma ação coletiva e reflexiva. Meu objetivo ficou centrado na aquisição de competências de análise da linguagem. Ao ver que os próprios alunos em diferentes situações passaram a modificar a história fictícia, ficou claro que os mesmos possuíam condições de refletir sobre o contexto, sobre a proposta, baseado em conceitos adquiridos a partir de sua própria vivência.
     Acredito que o autor do texto em estudo me questionaria sobre alguns aspectos. Será que o trabalho trouxe significado aos alunos? Acredito que houve avanço porque os alunos estavam motivados e expressavam suas opiniões. Eles se sentiam produtores, autores, atores e principalmente capazes de representar a sociedade a qual estão inseridos.
Por Alcemir Corrêa.

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