sábado, 19 de novembro de 2011

Do "Roque Santeiro" ao "Morde e Assopra"


     O contexto ao qual estamos inseridos trata de nos revelar o antes e o depois. Outrora, nas cidades interioranas a energia funcionava por causa dos motores, esses desligados às 10 horas da noite. Isso não faz muito tempo. Em algumas cidades, talvez 25, 30 anos. De lá para cá, chegou os postes e a fiação elétrica. A telefonia era proporcionada a poucos e que ironicamente valia "os olhos da cara". E hoje? Bem... Hoje tem celular no sofá, na mesa, na cama, no bolso, no outro bolso, na bolsa, na gaveta, no lixo... Poucos possuíam computadores que mais pareciam umas “jamantas”. Recordam do famoso tijolão?
     Era um orgulho ter um diploma da ESCOLA DE DATILOGRAFIA STATUS. Mais orgulho ainda era de ser aprovado pelo teste de datilografar sem ver as teclas. Ah!!! E veja bem, STATUS! A nomenclatura já apontava a globalização. E hoje? Bom... Atualmente há uma imensidão de cursos de informática. Operador de Computador?  Mas “quá!” Hoje em dia, o médico faz uma operação cesariana, enquanto, a criança surge com uma bagagem pronta (pois a mãe colocou o celular com música na barriga durante a gravidez) e em questão de meses passe também a operar, porém, computador.
     Assim, se foram os anos 80 e 90. A novela Pantanal e a saga de Roque Santeiro ficaram na nossa memória por suas ricas histórias e belas imagens. A sociedade hoje é conectada, integrada, interligada, virtual, digital, senão num todo, no entanto caminha para isso. O dia-a-dia das pessoas está relacionado com o Facebook, Youtube, Orkut, MSN, e-mail. Cartões de memória, senhas, celulares, códigos, chip´s, computadores, pen-drive, máquina digital, cabos, impressoras, tablets, Tv digital, etc. Nem a pirataria do Cd cresce mais. Para ser músico famoso, basta ser boa pinta, cantar mais ou menos e emplacar hits. Viu só!!! Não é mais letra, agora é hits. Isso tudo faz parte da nova sociedade. A sociedade da aprendizagem segundo (POZO, 2002).
     Sociedade essa cada vez mais exigente. Daí as lacunas. Se por um lado a sociedade vive mais confortável diante das novas tecnologias, por outro, tem mais alguém se tornando um Bill Gates. Isso, se avaliarmos a questão econômica, certo! Já, pedagogicamente se a demanda é crescente, é preciso que se aprenda cada vez mais e de maneiras diferentes. A fala de POZO considera que frente a essas mudanças há um fracasso. É o fracasso da incompetência.
     Está lançado o desafio. “Quem tem boca vai a Roma”, ou seja, quem tem acesso às múltiplas formas culturais  socialmente construídas vai de encontro ao sucesso. A capacidade da geração do conhecimento se produz com a busca das novas formas de aprender.
     Oxalá que cada ser humano se integre nesses conhecimentos os quais se constituem numa melhor condição de vida, assim como os autores da GLOBOalização estão inserindo as tecnologias em suas novelas atuais. “Chupa essa manga!”, ou melhor, Morde e Assopra!

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