O texto a seguir se baseia em dois questionamentos:
Professor 1: " Trabalhei conteúdo e atividade na sala de tecnologias, mas, meus alunos não aprenderam."
Professor 2: " Já meus alunos conseguiram compreender minha proposta e aprenderam. Foi gratificante."
Ao analisar o diálogo entre o professor 1 e o professor 2 observo claramente a ansiedade, se não for, frustração de pelo menos o primeiro professor. A dica que repasso à ele, é que não tente se culpar pelos seus possíveis erros. Na verdade, o primeiro passo já foi dado, se você (professor 1) conseguiu perceber que seus alunos não compreenderam é porque você conseguiu avaliá-los. A partir desta avaliação, você deve rever seu plano de aula. Para isso, sugiro que primeiramente faça pesquisas na internet em sites que tratam sobre educação, planos de aula, projetos, etc. Você também pode conversar com colegas e ainda com professores de sala de tecnologias. Lembrando que uma boa interação na escola contribui com sua pesquisa. A partir daí, você terá uma boa base para reestruturar seu plano de aula. Pode ser que houve algumas falhas a partir de seus objetivos ou o seu plano de aula (conteúdo) não foi acessível à faixa etária ou à própria realidade de seu aluno. O professor 2 declara que houve sucesso em seu plano. É hora então, de trocar experiência com ele, mas, você deve considerar que são turmas diferentes. Vale também considerar que a aprendizagem é um processo e não vai ser em uma atividade que eles vão assimilar conteúdos. É possível que isso ocorra nas próximas aulas.
Vou te dar um exemplo de um plano de aula meu, quem sabe pode te ajudar. Elaborei um “projetinho” sobre o desenho “A Arca de Noé”. Primeiramente eles assistiram ao filme e, em seguida elaborei uma atividade para a sala de informática. Como minha turma é de alunos com 5 anos de idade, não tenho a possibilidade de propor pesquisas com eles na internet, pois eu os conheço. Este fator é fundamental para o sucesso do meu trabalho. Para que isso ocorra é preciso uma interação entre professor e alunos, promovendo uma relação de conhecimento entre si. A princípio procurei atender ao currículo escolar, baseando-me nas diretrizes curriculares do sistema de ensino da Secretaria de Educação de minha cidade, porém eu possuo total liberdade para enriquecer este conteúdo de acordo com o que julgo necessário. O currículo, na verdade, está em constante construção, por isso, no decorrer do processo observei outras contribuições que não estavam no currículo da escola. Isso é fundamental, o professor possui autonomia sobre sua prática pedagógica, contudo, para isso é necessário dominar o conhecimento, buscando formações e informações, participando de debates, de seminários, leituras, formações continuadas, cursos, atualizando-se o tempo todo para melhor direcionar seus trabalhos.
As tecnologias assim como seu uso são partes integrantes de um currículo que deve ser reestruturado nas escolas do país. Agora, o seu uso correto compete ao educador preparado, formado, disposto que se aprenda e ensina de forma contextualizada, organizada, com competência.
Um abraço!
Alcemir.
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